First-party data e SEO: como preparar sua estratégia para a era cookieless

First-party data e SEO: como preparar sua estratégia para a era cookieless
First-party data | Imagem de rawpixel.com no Freepik

O marketing digital mudou e está entrando em uma nova era. Para não ser afetado pelas mudanças, saiba mais sobre first-party data e prepare sua estratégia para o futuro cookieless.

Você já deve ter percebido uma grande diferença quando navega pela web. Hoje é muito comum precisar autorizar a coleta de cookies de terceiros, seja na página ou no navegador.

Essa mudança é um reflexo de políticas públicas e das mudanças no comportamento do consumidor em relação à sua privacidade. 

Uma pesquisa realizada em 2024 pela PwC constatou que 90% dos brasileiros afirmam que a proteção de dados é essencial para uma empresa conquistar sua confiança. Além disso, 86% dos entrevistados exigem garantias de que suas informações pessoais não serão compartilhadas.

Esse panorama geral mostra que a era de segmentar, mensurar e personalizar campanhas com base em dados externos acabou. Agora, é preciso reconfigurar todo o ecossistema de dados, criando uma base fundamentada no consentimento.

E isso não afeta apenas os dados, mas também impacta as estratégias de otimização, curadoria de conteúdo e todo o tráfego orgânico. Sem os cookies, a busca torna-se a fonte mais confiável para entender a intenção do usuário. Nesse cenário o first-party data se torna a peça-chave.

O first-party data como nova estratégia digital

Na era da privacidade reforçada e na falta dos cookies, os dados primários tornaram-se a infraestrutura que sustenta as estratégias de marketing.

Esses tipos de dados são coletados diretamente com o público:

  • Pela interação no site, com consentimento;
  • Pelo cadastro por e-mail;
  • Pelos dados do CRM;
  • Por meio dos históricos de compra;
  • Pelo uso do aplicativo.

São informações valiosas referentes ao comportamento e interesse dos consumidores ou possíveis clientes. Seu valor está na qualidade e relevância dessas informações. 

O negócio deixa de prever comportamentos com dados genéricos e tem em mãos dados atualizados das motivações reais da busca. 

O que faz os dados primários serem importantes para o SEO?

Além de confiáveis e precisos, esses dados respeitam a privacidade, porque é preciso informar ao usuário sobre a coleta, seja pelo permissionamento ou pelas políticas do site. 

Quando usados nas estratégias de SEO trazem benefícios como: 

  • Personalização de conteúdo: a interação do usuário permite criar conteúdos que realmente geram impacto;
  • Maior visibilidade orgânica: first-party data ajudam a identificar frases e palavras-chaves reais usados pelos usuários; 
  • Melhora da experiência do usuário: com dados sobre a jornada do cliente, é possível otimizar a navegação, a velocidade do site e o fluxo de conteúdo;
  • Priorização à privacidade: basear o SEO em dados obtidos de maneira ética aumenta a conformidade e confiança do consumidor. 

Integrando first-party data à estratégia de SEO

Em um cenário cookieless, o SEO deixa de ser apenas uma questão de ranqueamento e passa a ser uma estratégia de inteligência de audiência. A integração entre dados primários e busca orgânica requer quatro táticas principais:

1. Coleta inteligente de dados

Adote estratégias que façam o usuário se identificar de maneira natural. Tenha em mente que essa técnica se baseia na oportunidade de troca de valor, ou seja, o usuário oferece informações e em troca recebe conteúdo de qualidade.

Para aplicar, invista em questionários, enquetes, newsletter, conteúdos exclusivos, lives, webinars, tutoriais, planilhas, infográficos, entre outros.

Veja um exemplo de como fazer:

First-party data e SEO como preparar sua estratégia para a era cookieless
Imagem: Smartia

Acima, a imagem de um infográfico criado pela nossa equipe, que coleta essas informações. Ou seja, para baixar o seu e-book, você pode solicitar ao usuário o e-mail de contato, por exemplo.

2. Crie conteúdo com base na coleta de dados reais 

A análise de tudo que é obtido com o first-party data oferece ideias para novos conteúdos. Buscas internas, cliques em categorias e tempo de permanência entregam mais informações do que se imagina. 

Se o usuário está explorando abas específicas, por exemplo “como escolher”, e o seu negócio é uma joalheria que vende anéis de noivado, um conteúdo específico sobre esse tema ou sobre formas para descobrir a numeração do anel da futura noiva, são extremamente relevantes para o público-alvo.

Abaixo, um conteúdo gerado pela nossa equipe, com base na intenção do usuário no portal de um de nossos clientes:

conteúdo com base na coleta de dados reais
Imagem: Smartia

Além de responder a dúvida, ele também é um conteúdo bem estruturado, o que ajuda na permanência na página. Afinal, muitos leitores buscavam informações sobre as empresas que oferecem consórcio. Aproveitamos essa busca e criamos um conteúdo com ranking dos melhores consórcios no Brasil.

3. Segmentação e personalização de experiência

Indiscutivelmente esse é o ponto de maior estratégia em usar first-party data na criação de conteúdo. 

Com base nos dados primários é possível adaptar títulos, CTAs e o próprio conteúdo. Toda essa personalização deve atender e ser compatível com a jornada do cliente ou leitor.

Individualizar a experiência gera maior relevância e fidelidade do usuário, sem impactar na privacidade, o que é fator fundamental na era cookieless. 

4. Integração entre ferramentas

Para que a otimização de conteúdo tenha resultado positivo é imprescindível integrar SEO, CRM e Analytics. 

Ferramentas como GA4, rastreamento server-side e Plataforma de Dados de Clientes permitem visualizar o impacto do tráfego orgânico em métricas reais do negócio, como o custo de aquisição de clientes e o valor do tempo de vida do cliente.

Nós utilizamos essa integração e conseguimos obter informações relevantes para sempre oferecer o que os  nossos leitores buscam. Veja um exemplo de quantas informações você pode obter no Google Analytics:

First-party data e SEO como preparar sua estratégia para a era cookieless

Então, viu como vale muito a pena fazer essa integração?

Sucesso a longo prazo, mesmo sem cookies

Sem dúvida, o segredo para o sucesso na era sem cookies é construir o banco de dados interno com planejamento, intenção e, principalmente, consentimento.

Por isso, é importante consolidar dados de múltiplas fontes em um único local, como uma Plataforma de Dados do Cliente. Essa estratégia gera uma visão holística e muito mais aprofundada sobre as informações coletadas.

Com os dados consolidados, construa painéis dinâmicos com materiais rastreados do seu próprio servidor. Isso fará com que as decisões sejam mais acertadas e evitará a alta dependência de dados externos.

Além de cookieless, essa era poderia ser chamada de era da transparência. Todo usuário precisa saber quais dados são coletados e como. Assim, estipule políticas claras de privacidade e implemente mecanismos simples de concordância ou recusa de consentimento. 

Não contar com cookies exige que os profissionais de marketing projetem fluxos, validem consentimentos e transformem informação em vantagem competitiva. 

Nesse novo cenário, a confiança é o novo capital de marketing, e o first-party data o ativo mais valioso. E sua página, está preparada para o futuro sem cookies?

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