ChatGPT, detectores de IA e conteúdo original: o que nossos testes mostram sobre o uso responsável da Inteligência Artificial

ChatGPT, detectores de IA e conteúdo original: o que nossos testes revelaram sobre o uso responsável de Inteligência Artificial
Detectores de IA | Imagem de Geralt no Pixabay

Não é preciso nem dizer que usar a Inteligência Artificial para criar conteúdo digital não é apenas uma tendência, é uma realidade. Mas, em contrapartida, cresce também a busca por ferramentas capazes de identificar textos supostamente escritos por IA, os chamados AI Content Detectors.

Mas será que esses detectores realmente funcionam? Para responder a essa pergunta, conduzimos uma análise aprofundada aqui na Gluz Digital. Reunimos testes técnicos, avaliações práticas com redatores e comparações entre as principais plataformas do mercado. 

O resultado oferece uma visão clara do que essas ferramentas conseguem e, principalmente, do que ainda não conseguem entregar.

O compromisso da Gluz Digital com conteúdo verdadeiramente original

Antes de explorar os resultados, vale reforçar nossa política interna: todo material produzido pela Gluz Digital nasce de redatores humanos. A IA entra somente como apoio na hora de dar ideias ou acelerar algumas etapas do processo editorial. 

Mesmo assim, nenhum texto é entregue sem passar por múltiplas revisões, incluindo verificação de plágio, checagem semântica e revisão manual.

Como funcionam os detectores de conteúdo de IA

Plataformas como ZeroGPT, Copyleaks, Smodin.io, Justdone.ai e Undetectable.ai prometem analisar padrões linguísticos e, com isso, estimar se um texto foi escrito por IA. Elas observam fatores como:

  • Previsibilidade do vocabulário,
  • Repetições estruturais,
  • Tamanho e ritmo das frases,
  • Probabilidade estatística de combinações de palavras.

O problema? Cada ferramenta usa algoritmos diferentes e isso gera resultados extremamente instáveis.

O que nossos testes revelaram: falhas importantes nos detectores

Durante as avaliações realizadas pela nossa equipe editorial, três problemas se repetiram:

1. Resultados totalmente inconsistentes

Um mesmo texto pode ser considerado “quase 100% humano” em uma ferramenta e “majoritariamente IA” em outra. 

Veja um exemplo de um conteúdo produzido por IA:

Ferramenta Porcentagem de IA detectada
ZeroGPT 16,79%
Smodin.io 85%
Justdone.ai 96%
Copyleaks 100%
Undetectable.ai Resultado instável

Agora, um texto escrito por um redator humano:

Ferramenta Porcentagem de IA detectada
ZeroGPT 29,88% (depois, 4,85%)
Smodin.io 0%
Justdone.ai 91%
Copyleaks 0%
Undetectable.ai Resultado instável

A inconsistência não está apenas entre plataformas – a mesma ferramenta pode oferecer diagnósticos diferentes para o mesmo texto.

2. Textos técnicos geram muitos falsos positivos

Conteúdos mais diretos, técnicos ou estruturados costumam ser classificados como “texto de IA”, mesmo quando são totalmente originais. Isso acontece porque textos informativos tendem a seguir padrões linguísticos semelhantes aos utilizados por modelos de linguagem.

3. Falta completa de padronização

Não existe um critério universal para determinar o que seria um texto “artificial”. Cada detector trabalha com um banco de dados diferente, métricas próprias e lógicas internas que não são transparentes.

Por que a curadoria humana ainda é insubstituível

Durante os testes, conversamos com diversos redatores e revisores. A percepção geral foi a mesma: textos produzidos por IA até podem soar corretos, mas ainda deixam a desejar em elementos essenciais, como:

  • Contextualização,
  • Profundidade analítica,
  • Criatividade,
  • Adaptação ao tom da marca.

Para contornar isso, desenvolvemos um guia interno de boas práticas para conteúdos que utilizam IA como apoio. As estratégias que mais funcionaram foram:

  • Reorganizar a ordem dos argumentos;
  • Inserir dados, estudos e referências recentes;
  • Trazer exemplos reais;
  • Variar vocabulário e ritmo das frases.

Um novo selo editorial: transparência e confiança

Diante do cenário atual, estamos estruturando internamente um selo de validação editorial. A ideia é oferecer uma camada extra de confiança para os clientes e leitores.

Esse selo será aplicado apenas em conteúdos que:

  • Passaram por curadoria humana completa;
  • Foram avaliados em ferramentas de plágio;
  • Trazem referências confiáveis;
  • Atendem aos nossos critérios de clareza, coerência e profundidade.

Não se trata de substituir as ferramentas, mas de assumir o protagonismo naquilo que elas ainda não conseguem avaliar.

Por que confiar apenas em detectores é arriscado

Depois de todos os testes, uma conclusão se destacou: os detectores de IA ainda não têm precisão suficiente para avaliar a originalidade de um texto. Usá-los como critério decisivo é injusto e, muitas vezes, equivocado.

Aqui na Gluz Digital, continuamos a usar a IA de forma ética, estratégica e transparente, sempre aliada ao trabalho humano, nunca em substituição.

Nosso objetivo não é “enganar” detectores, mas entregar conteúdo relevante, útil e bem construído, o que, no fim das contas, é o que realmente importa para quem lê.

Recomendações finais

Para empresas e editores

  • Use detectores apenas como apoio.
  • Dê prioridade à análise contextual e editorial.
  • Mantenha processos internos de revisão e humanização.

Para o mercado de tecnologia

  • Avance rumo a metodologias transparentes.
  • Inclua fatores linguísticos e comunicacionais na análise.
  • Crie métricas mais consistentes e comparáveis.

Se precisar, você pode contar com a Gluz para gerar um conteúdo totalmente humanizado.

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